A UTLIZAÇÃO DE OBJETOS DE APRENDIZAGEM NO
ENSINO DA MATEMÁTICA
Ricardo José
Fernandes Anchieta
ProfºOrientador
São Luís (MA)
2012
I. Introdução
Objetos de aprendizagem (OA) são ferramentas digitais, tais como um
vídeo, uma imagem ou simplesmente uma figura, que são utilizadas e reutilizadas
para auxiliar na aprendizagem de conteúdos de qualquer disciplina. Atualmente
encontramos diversos OA na Internet sob a forma de plugin[1] ou até mesmo como uma
página da web. Os OA podem ser descritos como qualquer recurso utilizado para
apoio de aprendizagem.
Para
Sá e Machado (2004), “são recursos digitais, que podem ser utilizados,
reutilizados e combinados com outros objetos para formar um ambiente de
aprendizado rico e flexível”.
É
importante lembrar que o uso dos OA deve estar atrelado a uma metodologia,
utilizando-os de maneira a aproveitar toda a sua potencialidade.
Os
OA possuem características importantes, tais como:
ü Reutilizabilidade: pode ser utilizado em diversos
cursos, podendo ser usado em diferentes contextos para o qual foi planejado;
ü Portabilidade: pode ser utilizado em diferentes
plataformas, sem necessitar de modificações;
ü Modularidade: pode fazer parte de um curso completo,
ou simplesmente de um determinado módulo desse curso.
Atualmente,
encontramos diversos repositórios de OA direcionados ao ensino da Matemática.
Como exemplo, podemos citar:
ü iMática – USP
ü Edumatec – UFRGS
ü Proativa – UFC
ü Skoool – Portugal
A
presente pesquisa destina-se a selecionar, através das características abaixo
assinaladas os OA que melhor se adaptam ao ensino da Matemática no Ensino
Médio.
a) Flexibilidade – Os OA devem ser construídos de
forma flexível, apresentando uma estrutura completa – início, meio e fim,
podendo ser reutilizados sem manutenção;
b) Facilidade para atuação – os elementos que foram
utilizados no objeto devem estar armazenados e organizados no editor
para que as alterações sejam relativamente simples;
c) Customização: a mesma característica que
proporciona ao objeto flexibilidade também proporciona a customização. Como os
objetos são independentes, a idéia de utilização dos mesmos, em diversos
cursos, torna-se real, sendo que cada entidade educacional pode utilizar-se dos
objetos e arranjá-los da maneira que mais convier.
d) Interoperabilidade:
objetos digitais de aprendizagem, desenvolvidos para um ambiente ou plataforma,
podem ser utilizados em outros ambientes, sem a necessidade de modificações ou
adequações;
e) Aumento
do valor de um conhecimento: a partir do momento em que um objeto é reutilizado
diversas vezes, em várias especializações, e este objeto vem, ao longo do
tempo, sendo aperfeiçoado, a sua consolidação cresce de uma maneira espontânea.
f) Durabilidade:
garantia do reuso dos ODA, mesmo com a mudança de tecnologia do ambiente no
qual está acoplado, sem re-projeto ou recodificação;
g) Acessibilidade:
possibilidade de acessar recursos educacionais em um local remoto e usá-los em
muitos outros locais.
Acreditamos
que através dessas características, iremos selecionar os melhores OA que se
destinam ao ensino da Matemática. Em conseqüente, estaremos criando um
repositório de objetos de aprendizagem[2] especificamente para o
ensino da Matemática do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do
Maranhão.
II. Justificativa
O ensino de Matemática tem
provocado grande desconforto, tanto para quem ensina, como para quem aprende. O
insucesso em aprender Matemática tem sido uma grande preocupação por parte dos
educadores, principalmente porque tem gerado um desinteresse muito grande por
parte dos educandos, que não conseguem ver uma aplicação prática para aquilo
que estão aprendendo. Mesmo aqueles educandos com melhores rendimentos, se
sobressaem por dominar os processos mecânicos.
A
Matemática é uma disciplina cujos conhecimentos parecem ser hierarquizados.
Quando não se aprende determinado conteúdo, o seguinte tende a ficar mais
complexo, contribuindo em parte por esse desinteresse.
Apesar
da Matemática está presente no dia-a-dia dos alunos, eles não são estimulados a
perceberem tal fato. Como educador percebo a grande dificuldade dos alunos em
abstrair as ideias centrais de um determinado problema, dificultando escolher o
caminho a ser percorrido para a sua resolução.
O
compromisso com a educação deve ter como base a constante inquietação em propor
soluções alternativas para um melhor ensino. Melhorar sua prática determinará
cidadãos mais integrados à sociedade, com mais oportunidades e por conseqüência
a quebra do paradigma que é ensinar/aprender Matemática.
III.
Objetivos
Esse
projeto de pesquisa tem por objetivos:
ü
Pesquisar
os diversos OA destinados ao ensino da Matemática;
ü
Analisar
e avaliar através de características selecionadas, os OA que irão compor um
repositório a ser desenvolvido, para que professores da instituição ou de
outras instituições possam a vir utilizar em suas aulas;
IV. Metodologia
A organização da pesquisa busca
proporcionar a criação de repositório de OA para o ensino da Matemática, bem
como fornecer a melhor metodologia para a utilização dos OA.
Inicialmente, faremos um estudo
sobre os PCN’s (Lei 9394/96), buscando identificar a utilização dos OA no
ensino da Matemática para o Ensino Médio.
V. Cronograma
Etapas/Bimestres
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1º
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2º
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3º
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4º
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5º
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6º
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1) Revisão bibliográfica e discussão
teórica em função dos objetivos
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2) Pesquisa sobre os OA existentes na rede
mundial de conputadores.
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3) Criação das características que irá
nortear a seleção dos OA.
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VI. Bibliografia
BARBOSA, Alexandre. Como
usar as histórias em quadrinhos na sala de aula / Alexandre Barbosa, Paulo
Ramos, Túlio Vilela; Ângela Rama, Waldomiro Vergueiro, (orgs). – São Paulo:
Contexto, 2007
BRASIL, Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional. MEC/Brasília, 1996
BRASIL, Ministério da
Educação e do Desporto. Parâmetros
Curriculares Nacionais. 5ª a 8ª séries, Introdução, Brasília, 1998.
CALAZANS,
Flávio. História em quadrinhos na escola.
São Paulo;Paulus, 2004
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática
educativa. 31. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2005.
MALTA,
Iaci. Linguagem, Leitura e Matemática. Disponível em: http://www.mat.puc-rio.br/preprints/pp20038.pdf.
Acesso em: jun. 2009.
PIMM,
David. El lenguaje matemático en el aula. 2. ed.
Madrid: Ediciones Morata, 1999.
SANTOS, Sandra A. Explorações da Linguagem Escrita nas Aulas de
Matemática. In: NACARATO, Adair M.; LOPES, Celi E. (Org.). Escritas e
Leituras na Educação Matemática. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.
Brasil.
Ministério da Educação. Secretaria de Educação a Distância.Objetos de aprendizagem:
uma proposta de recurso pedagógico/Organização: Carmem Lúcia Prata, Anna
Christina Aun de Azevedo Nascimento. – Brasília : MEC, SEED, 2007.
SÁ,
Clovis Soares e; MACHADO, Elian de Castro. O computador como
agente transformador da educação e o papel do
objeto de aprendizagem.
Disponível
em: http://www.abed.org.br/seminario2003/texto11.htm. Acesso em:
01
nov 2010.